A pedido de acionista, Viveo quer subir percentual de poison pill

Companhia propõe que cláusula seja disparada a 20% e não mais 15% do capital; ação sobe 3%

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Depois de ver seu valor minguar quase 75% desde que chegou à bolsa, a Viveo quer fazer um ajuste na cláusula de proteção contra um avanço de novos investidores relevantes. A companhia propôs aos acionistas elevar a posição que dispara a poison pill de 15% para 20%. Hoje a poison pill defende principalmente a posição da DNA, gestora que levou a Viveo à bolsa e se mantém como maior acionista, com 37,19%. O ajuste daria espaço para o GIC, fundo soberano de Cingapura, aumentar um pouco sua posição – atualmente em 12,22% e, portanto, mais perto do limite estatutário. Também poderia estimular a atração de investidores interessados em posição relevante, sem ameaçar os minoritários. A Dynamo tem 7,63%. A sugestão foi feita por um acionista relevante, de acordo com a empresa. O papel sobe quase 3% na B3.

Viveo avançou com M&A — Foto: Reprodução

A poison pill atual da Viveo é mais restritiva que a média. Apesar de variar desde 5% a 30%, esse patamar mais alto tem sido mais comum nos estatutos de companhias com capital pulverizado. Isso ajuda a explicar o movimento contrário da companhia: normalmente, quando as ações ficam muito desvalorizadas, essas empresas buscam cláusulas mais restritivas, para desencorajar um controlador motivado por desconto. A Viveo vale hoje em bolsa R$ 1,99 bilhão. No início do ano, o investidor que quisesse montar uma fatia de 15% precisava colocar quase R$ 500 milhões – hoje, atingiria com menos de R$ 300 milhões. A companhia vem penando para convencer os investidores de sua capacidade de rentabilizar uma série de aquisições, cujas integrações ainda não mostraram o efeito pretendido no balanço. O lucro líquido ajustado caiu 42% no quarto trimestre e 27% no ano de 2023. A assembleia será em 30 de abril.

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